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#MOMENTOS

Momentos são pequenas fracções de tempo em que algo, único e irrepetível, acontece e que o fotógrafo teve a capacidade de captar! Mostram-nos movimento, emoção e contam-nos uma história.

#MOMENTOS

Momentos são pequenas fracções de tempo em que algo, único e irrepetível, acontece e que o fotógrafo teve a capacidade de captar! Mostram-nos movimento, emoção e contam-nos uma história.

09
Jul17

PELAS MARGENS DO DOURO

Armando Isaac

 

CANÇÃO DO VINHO DO PORTO

 

Tu, que hás-de um dia provar-me:
Lê meu rótulo e sorri:
Mil oitocentos e quinze…
Foi o ano em que nasci.

 

Portugal, se é conhecido
Nas estrangeiras nações,
É por ser a minha pátria
E a de Luís de Camões.

 

Torrão que produz tal vinho
E que tal poeta deu,
Não é torrão deste mundo,
É torrão d’anjos, do céu!

 

Nasci nas ribas do Douro,
Rudes e caniculares,
Onde, no estio, parece
Que anda o inferno p’los ares.

 

Sob esse calor, o sangue
Das cepas muda-se em oiro;
Que penhas sois vós, que dais
Tal vinho, ó penhas do Douro?

 

O que escondeis nas entranhas,
O que é que vós tendes nelas?
Ocultai fulvos tesoiros,
Ou estais grávidas de estrelas?

 

Neste ambiente de brasas,
Foi pesada a minha cruz,
Mas em prémio do martírio
Sublimei-me em cor e luz!

 

Assim me tornei, sentido
Tonturas bem dolorosas,
Na liquefacção divina
De mil estrelas com mil rosas.

 

Oiro líquido pros olhos,
Doirados sonhos desperto;
Jardim d’Abril para o olfacto,
Sou pra boca um céu aberto!

 

De Chipre o clássico vinho
E a própria ambrósia dos Numes,
Nem aos calcanhar’s me chegam
Na luz, na cor, nos perfumes!

 

Velha Roma, abranda a embófia
Desse teu orgulho eterno:
Ao pé de mim é zurrapa
O teu cantado Falerno!

 

Metido nesta garrafa
Por mão sabida e prudente,
Como jóia, fui passando
Pelas mãos de muita gente.

 

Até que um dia, por voltas
Da Sorte obscura e secreta,
Vim ter, sem saber porquê,
À garrafeira de um poeta.

 

Sem saber porquê, não digo,
Sei muito bem porque vim:
É poeta, sou digno dele,
Como ele é digno de mim…

 

Sendo poeta, é pai de filhos,
E o que mais no mundo o atrai
Não é ser um grande poeta
Mas ser, sim, um grande pai!

 

Assim já sei onde um dia
Hão-de resplender meus brilhos:
Guardado estou com certeza
Pra boda de um dos seus filhos.

 

Aqui preso há tantos anos,
Sem respirar, arrebento:
Deus faça depressa a boda
E feliz o casamento!


Autor: Eugénio de Castro

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Fotos: © 2017 Armando Isaac 

 

 

 

 

07
Jul17

COMBOIO HISTÓRICO DO DOURO

Armando Isaac

A linha do Douro foi uma das obras-primas da engenharia portuguesa do século XIX, fazendo chegar o comboio e com ele o progresso, a regiões que até então estavam isoladas do resto do mundo e que tinham como únicas ligações, ou estradas péssimas, ou a periclitante navegação pelo Douro. Começou a ser construída em 1875 e, três anos depois, já havia serviço até ao Juncal, nos arredores de Marco de Canaveses. Em 1879, o primeiro combóio chegava à Régua e, um ano mais tarde, ao Pinhão. Mais oito anos e ficava operacional a linha até Barca d'Alva e, com ela, uma das primeiras ligações ferroviárias internacionais, via Salamanca, actualmente inexistente.

O comboio histórico percorre o troço compreendido entre a Régua e o Tua, com retorno à estação de origem. É um dos mais bonitos trajetos da Linha do Douro, podendo ser vivido e sentido de uma forma especial a bordo de uma composição histórica, seja pelo ambiente de época, seja pelo andamento tranquilo que permite apreciar de forma calma todos os promenores da paisagem.

Atualmente a Linha do Douro é um ex-líbris turístico do país, pela magnífica paisagem em que se inscreve e pelo legado histórico que representa, tendo como verdadeira relíquia o Comboio Histórico. Capaz de nos transportar ao charme do passado, ora lembrando as viagens em 1ª classe dos grandes negociantes de então, ora imaginando os muitos viajantes de carruagens de 3ª classe com bancos de madeira onde o conforto era substituído pela alegre camaradagem e partilha das merendas que se levavam para auguentar as horas de viagem.

In folheto CP

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Fotos: © 2017 Armando Isaac

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