No segundo piso a exposição apresenta obras de relevo do artista enquanto ceramista, numa retrospectiva pelo seu percurso e pelas técnicas utilizadas.

Encontra-se ainda uma área dedicada à Cerâmica Contemporânea, com a exibição de obras especiais e únicas de alguns dos mais prestigiados artista nacionais e estrangeiros.

(Excerto museu e turismo)

Fotos: © 2018 Armando Isaac

O Solar dos Cavaleiro, edifício dos meados do Séc. XVIII acolhe desde 2005 o Museu Cargaleiro.

Neste edifício histórico encontra-se actualmente exposta uma mostra de cerâmica popular, que data essencialmente do Século XIX, designada por Cerâmica Ratinha, que ocupa uma posição particular no âmbito da cerâmica nacional, bem como uma ligação muito próxima ao território albicastrense. Encontra-se também exposta uma mostra da Cerâmica de Triana, com obras do Séc. XIX oriundas de Triana, em Sevilha, que se apresentam com formas e cores distintas das peças anteriores e demonstram as influências geográficas e culturais na produção da cerâmica.

(Excerto museu e turismo)

Fotos: © 2018 Armando Isaac

Depois de terminar a pintura dos murais da Gare Marítima de Alcântara em 1945, Almada Negreiros começou a preparar o projeto para a Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos em 1946, terminando a sua pintura em 1949.

Aqui, abandonou a dependência narrativa mais evidente da primeira Gare, tratando as figuras de forma mais geometrizada e aplicou as cores em blocos sem gradações ou ilusão tridimensional, numa conjugação de cubismo e artes gráficas.

Nesta parede o tríptico Partida de Emigrantes mostra um navio pronto a zarpar junto à amurada. Tudo parece estar num mesmo plano, sem qualquer referência à cidade ou à paisagem. Ainda assim, percebe-se que tudo está a acontecer exatamente aqui, junto ao rio, neste cais. Vemos despedidas consternadas e o embarque de quem parte em busca de melhores condições de vida, temática que não estava em sintonia com a mensagem que o regime queria passar.

In: local da exposição

Fotos: © 2025 Armando Isaac

Almada Negreiros foi convidado a conceber os oito painéis de pintura mural deste salão, iniciando os seus estudos em 1941. A estação ficou concluída em 1943, e as pinturas em 1945. Almada dividiu-as entre a mitologia nacional - mas da tradição popular - e o retrato mais realista de uma Lisboa ribeirinha.

Cada um dos dois trípticos e dos dois painéis isolados tem o título no topo, que faz parte da composição. Nesta parede, há um tríptico que toma o título do poema popular Nau Catrineta, recolhido e publicado pelo poeta e escritor Almeida Garrett no século XIX, que relata eventos de uma tripulação de um navio quinhentista. Porém, Almada atualiza a representação das personagens, aproximando-as das pessoas suas contemporâneas da década de 1940. O painel isolado é dedicado à lenda de D. Fuas Roupinho, embora a metade inferior da composição seja ocupada pela representação de mulheres e homens pescadores da Nazaré, em trabalho ou em descanso.

In: salão da exposição

Fotos: © 2025 Armando Isaac