Carnaval da Nazaré 2023
O tema para o Carnaval 2023 na Nazaré foi: “Só se ´tá néuva!” (Só se está névoa!), uma expressão local usada na vila piscatória.
Fotos: © 2023 Armando Isaac
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O tema para o Carnaval 2023 na Nazaré foi: “Só se ´tá néuva!” (Só se está névoa!), uma expressão local usada na vila piscatória.
Fotos: © 2023 Armando Isaac
Fotos: © 2023 Armando Isaac
Fotos: © 2023 Armando Isaac
Fotos: © 2023 Armando Isaac
Mértola é um município raiano português do distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo. É o sexto município mais extenso de Portugal, com 1 292,87 km² de área, tendo 6205 habitantes (censo de 2021)
O Município de Mértola tem por sede a vila homónima de Mértola, povoação com mais de 2 000 habitantes. A vila encontra-se situada numa elevação na margem direita do rio Guadiana, imediatamente a montante da confluência da ribeira de Oeiras.
As escavações arqueológicas iniciadas em finais da década de 1970, das quais resultaram a descoberta de vestígios que remontam ao Neolítico, e as informações recolhidas no início do século pelo arqueólogo Estácio da Veiga, provam que a vila de Mértola é bem mais antiga do que as fontes escritas testemunhavam. Edifícios de grande monumentalidade permitem que qualquer visitante identifique a presença dos romanos em Mértola e na Mina de São Domingos Apesar da concentração de vestígios na vila de Mértola, podem também encontrar-se vestígios de menor dimensão em todo o município.
Denominada Mírtilis Júlia após a invasão romana da Península Ibérica, seguiu-se-lhe a ocupação pelos visigodos onde Mertill e Mertilliana é sugerido. Após a invasão muçulmana da Península Ibérica, foi denominada Martulá, tornando-se finalmente no nome atual após a Reconquista.
Constituía-se num importante porto fluvial, erguendo o seu castelo em posição dominante sobre aquele trecho do rio Guadiana. A sua importância era tal que, durante um curto período do século XI, foi capital de um pequeno emirado islâmico independente, a Taifa de Mértola.
Na época da Reconquista Cristã, só foi retomada no reinado de Sancho II de Portugal, por forças ao comando do comendador da Ordem de Santiago, Paio Peres Correia, em 1238.
Com a invasão dos povos do Norte de África, liderados pelo general Tárique em 711, Mértola ganha uma nova dinâmica, passando a ser o porto mais ocidental do Mediterrâneo. A excecional posição geográfica no último troço navegável do Guadiana será determinante para o crescimento e apogeu de Martulá. A cidade cresce e, sob o antigo Fórum Romano, é edificado um bairro almóada onde, depois de vinte anos de escavações, é possível identificar, com clareza, as habitações com os seus vários compartimentos, os tradicionais pátios centrais das casas árabes e as ruas. Tendo sido este o período de maior dinamismo, Mértola apresenta hoje, no Museu de Mértola, um núcleo de Arte Islâmica, o que de mais representativo se pode conhecer dessa época.
No final do século XIX, com a descoberta do filão mineiro em S. Domingos, o município, em especial a margem esquerda do Guadiana, conhece uma nova época de prosperidade, caracterizada principalmente por um acentuado crescimento demográfico. Em finais da década de 50 e à medida que a exploração mineira diminuía a crise social e económica, esta instala-se nos que dependiam diretamente e indiretamente da mina. Em 1965, a mina encerra definitivamente e a depressão económica afeta centenas de famílias que, para assegurarem a sua sobrevivência, são obrigadas a ir para a zona da grande Lisboa e para o estrangeiro.
Nos anos 80, a vila de Mértola começou, através da arqueologia, a descobrir e a conhecer melhor o seu passado e a transformar esse imenso património num fator de desenvolvimento económico e cultural. A fundação do Campo Arqueológico de Mértola por Cláudio Torres, em 1978, foi um momento importante nesta crescente valorização do passado Mertolense.
Fonte: Wikipédia
Fotos: © 2022 Armando Isaac
Pomarão é uma pequena aldeia alentejana situada no concelho de Mértola, freguesia de Santana de Cambas, tendo muito pouca população (37 habitantes em 2011). Faz fronteira com Espanha e fica situada na encosta, na margem esquerda do rio Guadiana, junto à confluência do rio Chança.
Entre 1859 e 1860, a empresa proprietária da mina de São Domingos construiu no Pomarão uma povoação, armazéns, depósitos de mineral, terminal ferroviário e dois cais de embarque, onde atracavam os navios mineraleiros à vela e a vapor que subiam o Guadiana desde a foz.
Dali partiam os navios carregados com o minério (pirites) que vinha por via férrea desde a mina de S. Domingos, encerrada no início dos anos 70, para a CUF, no Barreiro, e para Inglaterra (por Vila Real de Santo António).
O minério chegava ao porto do Pomarão transportado por uma das primeira linhas de caminho-de-ferro construídas em Portugal (1858), apenas dois anos após a inauguração do troço Lisboa-Carregado.
O movimento do porto era elevado. Em 1864 apresentaram-se no Pomarão 563 navios para embarque de minério.
De referir que era considerado porto comercial, pois fica situado no limite de navegabilidade do Guadiana, com acesso a embarcações até cerca de 4 metros de calado.
Fonte: Wikipédia
Fotos: © 2022 Armando Isaac
A mina de S. Domingos localiza-se na Faixa Piritosa Ibérica (FPI) mundialmente reconhecida pela sua riqueza em sulfuretos maciços vulcanogénicos, vulgarmente, conhecidos por pirites.
Esta província metalogenética forma um arco com uma extensão de 250Km de comprimento e 30 a 60 Km de laugura, que abrange parte do Alentejo, do Algarve e da Andaluzia.
Os jazigos de sulfuretos da FPI encontram-se associados a uma formação geológica constituída por rochas vulcânicas e sedimentares formadas na era Paleozoica, há cerca de 352 a 330 milhões de anos.
A génese dos jazigos de Pirite da FPI, como o de S. Domingos está relacionada com a circulação de fluidos hidrotermais (água do mar modificada por fluidos magmáticos) entre rochas vulcanicas e sedimentares, as quais sofreram, por isso, intensos processos físico-quimícos de lixiviação e troca iónica.
O jazigo de S. Domingos era formado por uma única massa de pirite, de posição aproximadamente vertical que tinha cerca de 560m de extensão e 80m de largura e direção aproximadamente E-W.
Os teores médios eram de 1,25% de cobre, 2-3% de zinco e 45-48% de enxofre. Para além da Pirite (FeS2) encontram-se ainda outros minerais como a blenda (ZnS), a calcopirite (CuFeS2), a arsenopirite (FeAsS) e sulfossais. A erosão do jazigo originou um amplo chapéu de ferro caracterizado pela cor vermelha e ocre dos óxidos e hidróxidos de ferro representados respectivamente por hematite (Fe2O3).
IN: Placa informativa
Fotos: © 2022 Armando Isaac
A cascata do Pulo do Lobo é formada pelas águas do rio Guadiana, a montante da cidade de Mértola, tem águas claras e cristalinas que se precipitam numa queda, perdendo-se num mar de espuma pelo meio de uma garganta rochosa de onde desaguam depois para dar lugar a um lago de águas serenas. As margens neste local apresentam-se altas e pedregosas, e tão apertadas que deram origem a uma lenda que afirma que um lobo em caça as transpôs de um salto.
O Pulo do Lobo é um dos mais dramáticos trechos do Guadiana, o local onde o "rio ferve entre paredes duríssimas, rugem as águas, espadanam, batem, refluem e vão roendo, um milímetro por século, por milénio, um nada na eternidade", como escreveu José Saramago.
In: Wikipédia
Fotos: © 2022 Armando Isaac
O contrabando é também comércio, mas ilícito. É inseparável do comércuio e desenvolve-se paralelamente a este. Praticava-se até há bem pouco tempo, entre povoações das terras de fronteira, porque estas partilhavam da mesma realidade politíco-geográfica e das mesmas necessidades.
Desde que se marcaram os limites fronteiriços entre Portugal e Espanha que houve a preocupação, por parte das autoridades, de controlar as mercadorias que circulavam.
No século XVI, por todo o Baixo Guadiana (de Alcoutim a Castro Marim e Santo António de Arenilha), os castelhanos passavam ilegalmente os escravos que de África chagavam ao Algarve para depois serem vendido em Espanha. A passagem de gado para Castela também se fazia em Alcoutim, bem como tabaco, açucar, sal e texteis.
Nos finais do século XIX, a criação de postos da Guarda-fiscal permitiu um maior controlo na zonas de fronteira. Entre Mértola e Vila Real de Santo António chegaram a existir 26 postos da Guarda-fiscal. Alcoutim era a sede de mais de metade desses postos. Do lado espanhol também havia postos para controlar o comércio ilícito. Perante este sistema, os contrabandistas procuraram outras soluções e o contrabando tornou-se mais organizado. Formaram-se então quadrilhas de contrabandistas. Contrabandeavam de noite, pois após o sol-posto era mais fácil escapar á vigilância da Guarda-fiscal portuguesa e dos Carabineros espanhóis. De Portugal passavam os produtos que escasseavam em Espanha, pricipalmente os de primeira necessidade: café, açucar, farinha, vinho, tabaco e sabão. De Espanha traziam bombazina e miolo de amêndoa.
Em Alcoutim a prática de contrabando foi, para muitas famílias, um modo de sobrevivência. Contrabandeavam para minorar as carências económicas, sustentar a família e construir uma casa.
Nota: Excerto de placa local
Fotos: © 2022 Armando Isaac
Mural de azulejos, de uma escola secundária de Santarém, executados pelos alunos, baseados nas caricaturas de escritores Portugueses da autoria de André Carrilho, publicadas no Diário de Notícias/98.
Fotos: © 2022 Armando Isaac
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