Makavenkos - Palácio Foz
Arquitectura residencial, setecentista e oitocentista. Palácio de fundação setecentista, de que subsiste a estrutura de planta recta, com profundas alterações nos séc. 19 e 20, que lhe atribuíram características neoclássicas, com planta em U, abrindo para jardim posterior, mas introduzindo esquemas típicos da construção francesa, como o recurso ao telhado alteado de mansarda, com cobertura em ardósia e telha patinada, integrando trapeiras de madeira. A fachada é clássica, simétrica, dividida por vários panos, por duas ordens de pilastras toscanas, com remate em balaustrada, que corre todo o edifício, ornamentada com pináculos e interrompido, nos panos extremos por remates em frontões triangulares com acrotérios de escultura figurativa; evolui em dois pisos, integrando mezanino, o inferior revestido a silharia fendida, dando um ar rústico, possuindo vários vãos rectilíneos, os do piso superior constituindo janelas de sacada, com guardas balaustradas ou em ferro forjado. As fachadas laterais seguem o mesmo esquema, mas as sacadas ou varandins têm guardas de ferro forado, executadas no séc. 20, durante a intervenção dos anos 40. O interior possui vestíbulo e escadaria de aparato com guarda em bronze, que leva a vários salões com pavimentos em parquet e coberturas pintadas ou em estuque, adornadas por elementos de talha, fogões de sala em mármore e sobreportas com telas pintadas. Possui várias salas intercomunicantes, algumas alteradas para se adaptarem às novas funções. A fachada posterior abre para um jardim formal, protegido pelos braços do U e que liga a construção semelhante, efectuada no séc. 20, com o objectivo de instalar diversos organismos e associações estatais.
Fonte: SIPA
Fotos: © 2016 Armando Isaac