O fabrico de chocalhos em Portugal, ofício é uma manifestação cultural que tem no Alentejo a sua maior expressão a nível nacional, foi classificado pela UNESCO, em 1 de Dezembro de 2015, como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente.
A decisão foi tomada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorreu em Windhoek, capital da Namíbia.
A arte chocalheira já foi o ganha-pão de muitos. Hoje, contam-se pelos dedos os mestres chocalheiros em Portugal. O perigo iminente do desaparecimento desta arte nacional foi um dos motivos que levaram a UNESCO a aprovar, em Maio de 2014 a candidatura portuguesa do fabrico de chocalhos (ou arte chocalheira).
O Alentejo tem sido ao longo dos séculos uma das principais regiões de pastorícia do país. Associado a esta actividade surge o chocalho, que é descrito como um instrumento metálico que produz um som característico e que tem como principal finalidade, é a localização do gado disperso pelas pastagens.
Pensa-se que a fabricação destes instrumentos, no Alentejo, datam pelo menos da Idade Média, sendo então uma das muitas actividades desenvolvidas pelos judeus e árabes ferreiros. No entanto, apesar da existência dos chocalheiros antigos na região, só no inicio do Séc. XIX esta profissão, tradicional nas Alcáçovas, foi oficialmente reconhecida. Em 1913 existiam nas Alcáçovas treze famílias que se dedicavam à fabricação de Chocalhos. É a partir desta data que se conhecem as origens da actual empresa Chocalhos Pardalinho, que gentilmente nos conduziu numa visita às suas instalações, que permitiram a recolhas das imagens desta reportagem.
Extractos do Observador e do historial da empresa.
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Fotos: © 2018 Armando Isaac