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#MOMENTOS

Momentos são pequenas fracções de tempo em que algo, único e irrepetível, acontece e que o fotógrafo teve a capacidade de captar! Mostram-nos movimento, emoção e contam-nos uma história.

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05
Out23

Arte Urbana no Bairro Padre Cruz

Armando Isaac

O Bairro Padre Cruz é hoje uma das maiores galerias de Arte Urbana da Europa.
Entre outubro de 2015 e outubro de 2016, vários muros, empenas e espaços públicos serviram de "tela" para inúmeros artistas nacionais e internacionais que, em parceria com a Crescer a Cores, e no âmbito do programa BIP-ZIP da Câmara Municipal de Lisboa, a Boutique da Cultura e o Festival Muro organizado pela GAU, conseguiram criar cerca de 110 obras nesta zona periférica da cidade.

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Fotos: © 2023 Armando Isaac

 

 

14
Mar20

Mirador Panorâmico de Monsanto

Armando Isaac

O Mirador Panorâmico de Monsanto é um edifício localizado nos Montes Claros, em Monsanto, Lisboa, construído no tempo do Estado Novo. O edifício é da autoria do arquitecto Chaves Costa, destinado inicialmente para restaurante. Trata-se de um edifício circular, com um raio de 16 metros, cinco pisos e uma vista panorâmica de 270 graus.

Fonte: Wikipédia

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DSCF4358.jpgFotos: © 2020 Armando Isaac

 

13
Mar20

Graffiti - Arte Urbana

Armando Isaac

Um  graffiti é uma inscrição feita em paredes, existentes desde o Império Romano. Considera-se graffiti uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o graffiti já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto, há quem não concorde, equiparando o graffiti à pichação. Grafitar locais públicos ou privados, sem autorização dos respectivos proprietários, é atividade proibida por lei em vários países.

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Fotos: © 2020 Armando Isaac

 

13
Fev20

Murais por Styler

Armando Isaac
Styler a.k.a. João Cavalheiro nasceu em França nos anos 90. Iniciou a pintura mural em meados de 2004. Com o graffiti adquiriu a sua experiência / técnica e hoje expressa maioritariamente a sua arte em spray sobre murais.
Em 2007 concorreu pela 1ª vez a um concurso de Graffiti, organizado pela Eleven Yard, convidado pelos artistas Nark e Seis, obtendo a 1ª classificação do concurso.
Em 2008 participou no seu 2º concurso de Graffiti com o Ecky, organizado pela Escola Seomara da Amadora com o tema Multiculturalidades, obtendo a 1ª classificação.
Em 2015 concorreu ao concurso de graffiti organizado pela associação Acuparte em Odivelas adquirindo o 1º prémio.
In: Facebook

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Fotos: © 2020 Armando Isaac

 

26
Fev19

Arte Urbana

Armando Isaac

Um  graffiti é uma inscrição feita em paredes, existentes desde o Império Romano. Considera-se graffiti uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o graffiti já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto, há quem não concorde, equiparando o graffiti à pichação. Grafitar locais públicos ou privados, sem autorização dos respectivos proprietários, é atividade proibida por lei em vários países.

Fonte: Wikipédia

 1 - Bairro Padre Cruz

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2 - Amadora

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Fotos: © 2019 Armando Isaac 

 

29
Jan16

Utopia e Águas Livres

Armando Isaac

Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título para sua principal obra escrita em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários historiadores, More fascinou-se pelas narrações extraordinárias de Américo Vespúcio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita. Na sua obra, Thomas More explica que para melhor resolver os problemas de uma sociedade é preciso um esforço teórico e prático de racionalidade. Os Utopianos praticam um sistema tendencialmente igualitário de repartição de bens sociais, pressupondo um socialismo (socialismo utópico).
Utopia tem como significado mais comum a ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode também ser utilizado para definir um sonho ainda não realizado. Uma fantasia, uma esperança muito forte. Utopia é um projeto humanista de transformação social e representa aspectos capitais do humanismo renascentista.
Águas Livres é uma freguesia portuguesa do concelho da Amadora com 2,21 km² de área e 37 426 habitantes (Censos de 2011), com uma densidade de 16 934,8 hab/km².
Foi constituída em 2013, no âmbito da reforma administrativa nacional, integrando o território da antiga freguesia da Damaia, a parte Sul da antiga freguesia da Reboleira e a parte Norte da antiga freguesia da Buraca.

Fonte: Wikipédia

 

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Fotos: © 2016 Armando Isaac 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11
Jul15

Amadora cidade da BD

Armando Isaac

O FIBA (Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora), agora também conhecido por Amadora BD, é um festival de banda desenhada realizado na Amadora.
O FIBDA, teve a sua primeira edição em 1989 , tendo-se mantido ininterruptamente até aos dias de hoje e é considerado o mais importante festival de banda desenhada nacional e um dos mais importantes certames europeus.
O festival permite o convívio entre os profissionais e autores de diversas nacionalidades com o público e além da exposição das obras, realiza actividades diversas relacionadas com a 9ª Arte como debates e projecções de filmes relacionados com o tema e de animação.
O festival é temático e todos os anos atribui prémios não só às obras levadas a concurso, como também relacionados com o mercado da banda desenhada.
O FIBDA a partir da sua 20ª edição, começou a ser conhecido pela designação de Amadora BD.
Fonte: Wikipédia

Tendo em vista comemorar os 25 anos do Amadora BD, a Câmara Municipal da Amadora, resolveu reabilitar alguns muros e moradias da Estrada de Queluz e ao mesmo tempo dar-lhe vida e animação, como se prova pelas imagens seguintes.

 

 

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Fotos: © 2015 Armando Isaac  

 

28
Jun15

Vhils - pintor e grafiteiro

Armando Isaac

Alexandre Farto ou Vhils, como é conhecido na cultura graffiti, é um pintor e grafiteiro português, conhecido pelos seus "Rostos" esculpidos em paredes.
Nasceu em Lisboa em 1987. Terminou os seus estudos em 2008 na University of the Arts em Londres.
Iniciou-se em pintura em 1998 com apenas onze anos. Pintava muros de ruas e comboios da margem sul do rio Tejo.
Como artista urbano, mais recentemente, sendo as suas obras, o fruto do seu ideário e o mundo que o envolve. Este artista de Lisboa, a partir das suas raízes do graffiti/street art tem vindo a explorar novos caminhos dentro da ilustração, animação e design gráfico, misturando o estilo vectorial com o desenho à mão livre, aliado a formas contrastadas e sujas, que nos remetem para momentos épicos.
Em 2011, desenvolveu uma técnica usando explosivos, grafite, restos de cartazes e até retratos feitos com metal enferrujado para criar retratos e frases. Existem trabalhos seus espalhados por vários locais do mundo como as cidades portuguesas de Lisboa, Porto e Aveiro, além de capitais como Londres, Moscovo, Bogotá, e cidades como Medellín, Cali (na Colômbia), Nova York, Los Angeles, Grottaglie (sul da Itália)."
Em 2012, recriou uma guitarra portuguesa para a colecção Tudo isto é... autores da Malabar.
A 10 de Junho de 2015, foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Fonte: Wikipédia - pintor e grafiteiro

 

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Fotos: © 2015 Armando Isaac

11
Set13

GRAFFITI E STREET ART

Armando Isaac

 

Muita tinta! 

A cidade contemporânea é um artefacto cultural em constante mutação, o resultado de forças históricas e de dinâmicas socioculturais díspares. Diferentes usos e representações do espaço ajudam a compor este habitat, simultaneamente vibrante e complexo. O espaço metropolitano é, por isso, lugar de contendas de natureza simbólica, colisões entre visões e apropriações do território que nem sempre convivem harmoniosamente. É também este o cenário para o curioso mundo do graffiti e da street art.

 

Percorridas quotidianamente por milhares de pessoas, as artérias metropolitanas oferecem uma vasta plateia àqueles que pretendem comunicar com a massa indistinta. A materialidade urbana pode, assim, ser usada não apenas como mecanismo de ordenação da cidade mas igualmente como refúgio de resistência, contestação e inversão da ordem. Uma arqueologia das expressões insurrectas na arquitectura urbana conduz-nos aos inevitáveis exemplos das palavras de ordem do Maio de 68 Francês, às pichações e murais políticos no Portugal da ditadura e do pós - 25 de Abril, aos escritos e graffitis presentes no muro de Berlim ou na Palestina ou, mais recentemente, ao graffiti inspirado na cultura hip-hop de origem nova-iorquina.

Diversas situações, histórica e geograficamente longínquas, anunciam a capacidade de actuação dos cidadãos nos interstícios físicos e sociais da metrópole contemporânea. No quotidiano, diferentes pessoas, agindo solitariamente ou em grupo, apropriam-se dos recursos concedidos pela matéria urbana inserta num campo de visibilidade, operando na sombra da vigilância do poder, reivindicando uma voz através do único canal que lhes é acessível: o espaço público.

 

Códigos e processos criativos

De um modo geral, o cidadão anónimo já aprendeu a falar de graffitis. De há cerca de duas décadas para cá, período em que os murais e as frases politizadas pós-25 de Abril cederam o lugar a protagonistas e emblemas de uma nova era, invocando outras referências e bandeiras, fomo-nos acostumando a este termo estrangeiro, entretanto naturalizado. O que entendemos então quando nos referimos ao graffiti? O termo aplica-se usualmente às inscrições executadas no espaço urbano citadino, em suportes diversos, como os muros, as paredes e variado mobiliário urbano, através da utilização de diferentes instrumentos (geralmente o aerossol ou o marcador). Daí que a definição comum abarque um conjunto extenso de actividades, códigos, técnicas e processos criativos. Numa percepção alargada deste universo podem inscrever-se expressões da denominada street art, obscenidades rebuscadas, frases românticas, aclamações desportivas, entre tantas outras demonstrações de inesgotável competência criativa do sujeito urbano. Porém, uma tag (assinatura e pseudónimo do writer de graffiti) não é semelhante a uma palavra de ordem de um militante político, nem a uma declaração de amor. O writer é aquele que pinta graffiti de acordo com uma série de convenções e técnicas que têm origem na cultura hip-hop, nascida à mais de três décadas na cidade de Nova Iorque. Esta é, actualmente, a versão dominante do graffiti, aquela que impera na nossa paisagem urbana. Aquilo que os writers procuram é ganhar visibilidade, adquirir fama e respeito a partir da disseminação das suas marcas nas superfícies da cidade.

 

Manifestação mural

O graffiti enquanto manifestação mural, de ordem verbal ou pictórica, deriva de um exercício de expressão transgressivo, é uma manobra operada sobre uma superficie proibida.

O graffiti encerra, assim, um duplo sentido comunicacional. Em primeiro lugar, a transgressão, que ostenta desobediência e recusa da norma. Os dois estão interligados, o conteúdo articula-se com o acto de infracção, fora deste contexto perde o seu valor.

 

Voz minoritária e dissidente

Havendo uma concepção mais consensual dos usos e significados atribuidos ao habitat, partilhada pela maioria, poderíamos certamente afirmar, sem receio de criar polémicas, que o graffiti interpreta uma voz minoritária e dissidente na cidade polifónica.O discurso oficial e dos média, que geralmente encontra eco no cidadão comum, tendem a catalogar o graffiti como vandalismo, ou seja, uma agressão, uma violência exercida sobre a cidade e, por extensão, sobre a sociedade. Uma incisão na corporeidade da sociedade que atinge o âmago da sua alma colectiva. Fazer graffiti implica, portanto, não apenas um ataque à materialidade ordenada do espaço mas, e mais grave, àquilo que de mais profundo reconhecemos numa comunidade humana: o significado do mundo. Daí a incompreensão e repressão que atingem o graffiti, pois este quebra convenções, abala convicções e a harmonia do lugar, tal como é entendido pelo discurso dominante. Não por acaso, é considerado sujo, desprovido de senso, simples poluição.

 

 

Ocupação da paisagem urbana

O que se pretende no graffiti, pichação, street-art e demais expressões, é uma espécie de ocupação da paisagem urbana, a conquista de um espaço de comunicação exposto para um público imenso e indeterminado.

O graffiti e a street art (também denominada por alguns como pós-graffiti) assumem, em muitos casos, uma evidente preocupação estética. O aperfeiçoamento estilístico e técnico, o desenvolvimentos de linguagens pictóricas singulares, são objectivos partilhados por muitos. Esta prática minoritária sugere uma dissociação entre a arte erudita (ou a cultura elevada) e aquilo que podemos denominar genericamente como arte de rua, mais alicerçada no dia-a-dia, no espaço público, na cultura de massas e nas novas tecnologias. E não é por acaso que este se assume como um domínio essencialmente juvenil. No contexto das culturas juvenis a fruição estética é mais próxima e física, pode-se tocar e sentir, colidindo com uma ideia de arte distanciada e contemplativa. Os bens estéticos expõem-se e criam-se nas paredes das cidades, no monitor do computador, nas câmaras digitais e no telemóvel, nos corpos tatuados, nos cadernos de desenhos, no quarto ou numa a garagem recheada de instrumentos musicais. A estetização irrompe do quotidiano, com uma forte presença da visualidade que tudos abarca, da expressão corporal e do estilo, às tatuagens e piercings ou ao graffiti e street art.

 

 

(Tanscreve-se, com a devida vénia, a análise antropológica de Ricardo Campos - cientista social e investigador CEMRI-UAB, publicada na revista CAIS #150)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fotos © 2013 Armando Isaac

 

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